sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

"Ré-ligião"


"A religião de uma era é o entretenimento literário da seguinte".
Ralph Waldo Emerson


Já cansado da mesma ladainha, o padre José tinha pregado dentro do confessionário uma lista com todos os pecados possíveis e as correspondentes penitências. De repente, chega um fiel e diz:
- Padre, traí a minha mulher!
O padre olhava a lista, procurava adultério e vendo, ao lado, a devida penitência, respondia:
- 4 pais-nossos e 10 ave-marias!
Um dia no meio desta lengalenga, deu-lhe uma vontade imensa de ir no banheiro. Não tinha solução. Tinha que sair dali de qualquer maneira. Como a fila de pecadores estava imensa, chamou o sacristão, para que ele ficasse no seu lugar.
- É simples! Basta você ouvir o pecado, procurar a penitência, dizê-la ao fiel e pronto!
Veio um e disse:
- Padre, dei porrada na minha mulher!
O sacristão procurando na lista esse pecado com sua respectiva penitência, respondeu:
- 8 pais-nossos e 10 ave-marias. Vá em paz!
Até que chegou outro e disse:
- Padre fiz sexo oral com minha mulher!
O sacristão olhou para a lista e não achou nada sobre isto. Então ele abriu a porta do confessionário, encontrou o coroinha, o Joãozinho, e perguntou:
- Você sabe quanto é que o padre dá para sexo oral?
E ele responde:
- Sei sim, dá um guaraná e dois bombons!


A história é narrada pelos vencedores. Hitler invariavelmente ganha destaque pelo seu desumano holocausto. Mas o episódio das bombas jogadas pelos Estados Unidos em civis inocentes no Japão é quase sempre convenientemente esquecido ou deixado de lado. Quando não, rápidas pinceladas são feitas e muitos asseguram que esse bombardeio precisava mesmo ser feito (...só lembrando que o Japão já estava quase de quatro a essa altura).

Me pergunto se o mundo não seria melhor sem Deus ou Deuses. Sem religião ou religiões. Sem Maomé, Alá, Javé, Jesus, mãe Maria, Espírito Santo...
Quantas "bruxas" perseguidas", quantos "infiéis" atacados, quantos "sodomitas" aniquilados, quantos judeus hostilizados. Isso mencionando apenas a Igreja Católica. Também não nos esqueçamos do Islã, em suas correntes mais radicais com seus abomináveis homens-bomba, lutando a favor (?) da fé.


Sei que muitos alegam que as igrejas são feitas por homens, portanto, suscetíveis a erros. Pessoalmente, não me simpatizo com esses homens, tampouco com seus Deuses.

Para exemplificar, me atendo ao "Deus cristão", uso as palavras de Richard Dawkins, que servem como uma luva para o que penso:

"O Deus do Antigo Testamento é talvez o personagem mais desagradável da ficção: ciumento, e com orgulho; controlador mesquinho, injusto e intransigente; genocida étnico e vingativo, sedento de sangue; perseguidor misógino, homofóbico, racista, infanticida, filicida, pestilento, megalomaníaco, sadomasoquista e malévolo".

Let it be.



Let it be.

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

Notícias Fresco-Velhas

Bill Gates não é mais o homem mais rico do mundo.

O carnaval, terminou em samba (poucas coisas não acabam em pizza no Brasil)

Vai-vai foi-foi (infame isso!) novamente campeã do carnaval.

Hillary e Obama, empatados, seguem em indefinição (pelo costume, quase escrevi seguem em anexo [aliás, é bastante preferível seguem anexos]).

Chaves continua entre os líderes de IBOPE do SBT.

Silvio Santos (Senor para os íntimos) é o homem que tem o maior salário anual do Brasil - R$ 55 milhões.

O Big Brother segue com menos um (graças a Deus!)

Morre o imortal (mais infame ainda) guru dos Beatles, Maharishi Yogi.

Pato não joga pela seleção por causa do inchaço na pata.

Holanda faz apelo para policiais pararem de fumar maconha.

Goiânia é considerada a capital com melhor qualidade de vida do Brasil (um dos critérios: "número de automóveis per capita!!!").

E a notícia mais fresca de todas: Conferi hoje, na TV Globinho, que os integrantes da Caverna do Dragão...não saíram do buraco.

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

Animalidades

Estava com um olhar bovino a me encarar.
Alguns a chamavam de gata, outros de tigresa. Sua ferocidade era o primeiro aspecto que chamava atenção.

Maledicentes a chamavam de vaca. Piranha também não era menos comum.
Mula, burra, anta...outros enfatizavam.

Não era nada disso.

As invejosas preferiam adjetivos como baleia, elefanta (aliá para ser mais preciso).

Não era nada disso.

Ingênuos a chamavam de beija-flor, transeuntes assobiavam como peritos canários.

Forte como um touro, ágil como leopardo, esperta como golfinho.

Sempre desconfiei...


Quão grande não foi a surpresa de (quase) todos quando descobriu-se que esse multifacetado animal na verdade se tratava de um veado.