quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

Nomes

Nomes são delicados...
Não há um som mais doce para uma pessoa que seu próprio nome, por isso é tão importante gravá-lo logo que se conhece alguém.
É uma lição antiga, universal, mas que normalmente não damos muita atenção.

Em outra oportunidade, falarei sobre a extensão da importância desse segredo simples e básico.
O que me aflige agora é...será que isso se aplica aos infelizes que possuem nomes como Givaneideson, Rirumberto ou Madeinusa?!

Acredite, há pessoas desafortunadas com nomes como os citados acima.

Há também aqueles nomes que são frutos de junções, alguns são bonitos, como Luriana (que a propósito, vem ser minha irmã e lembrando que o bonito aqui destacado é nome!). É uma mistura (feliz) de Lúci Eni com Mariana, respectivos nomes de minha mãe e avó.

Há outras misturas curiosas, algumas pertinentes, outras não. Madeinusa é um caso único, peculiar.

Sua mãe era uma empregada doméstica semi-analfabeta, que ao tempo da gravidez, ainda intrigada com o nome que daria à filha, leu em um dos brinquedos que havia comprado antecipadamente para sua cria, "Made In Usa". Achou bonito, sonoro e resolveu batizar a infeliz com esse despropósito.

Conheci Madeinusa. Musa de cabelos negros e longos, realmente era bonita e tinha uma voz harmônica, diria sonora até. Inteligente, preparada (uma pessoa com um nome desses invariavelmente é preparada para a vida) e articulada, ria-se com a situação que forjou seu nome.

Eu não rio. Sei que ela também, intimamente não ri. Soube tempos depois, que ela cogitou mesmo a possibilidade de mudar seu nome, quando completou 18 anos.

O que tem acontecido com nomes como Ricardo, Paulo, João, Rodrigo, Pedro, Hugo?!
Tenho visto ultimamente uma ânsia por nomes novos (outros nem tanto) como Petra, Maddox (esse talvez reconheçam), Yan Carlos (composto mesmo!).

Há os comuns, mas deturpados pelos maldosos pais, como Jakellinny, Letíccia e Anna Carollinne.
Um tal de troca uma letra daqui, dobra outra letra ali.

Felizes mesmo, talvez, sejam aqueles que já tem um apelido inscrito em seus nomes.
Ontem conheci um indivíduo chamado Jota Pê!
Entre hesitante e perplexo, pedi para que me mostrasse sua identidade. "Jota Pê Pereira da Silva."

Achei engraçado, interessante até. Nesse caso está o oposto da máxima, visto que seria trágico se não fosse cômico.

Pronúncias

Piadas como:
-Amanhã não vai ter pãozinho!
-Por que?
-Porque você assassinou o português.

Huum, são antigas!

Mas quem somos nós para corrigir os outros?!
Isso não é uma pergunta retórica nem tirada de livros de pseudo-ajuda que te aconselham a não corrigir os outros...
A pergunta é mesmo significativa.

Recentemente, lendo o "Manual de Redação do Ministério Público", pude conferir o quão errado já estive quanto a algumas pronúncias.

Não sabia por exemplo que proxeneta se pronunciava "proksenêta" nem que o país Kuwait tinha como pronúnica correta "Cuêit". Bem, no último caso talvez se deva a nossa influência sofrida pelos malfadados portugueses. Lá, o país também é conhecido como Couaite.

Adrede é "adrêde", o plural de corpos é "córpus" mas o plural de rosto é mesmo "rôstos".
Estrangeirismos também pegam muitos...Sursis (figura jurídica) é "sursí", haja vista ser um termo francês.

Aos modernistas é bom saber que é preferível a pronúncia "sintássi" a "sintákse", quando nos remetemos à boa sintaxe gramatical.

Vendo dessa forma, agora parece mais cabível a pergunta "Quem somos nós para corrigir?".

Ainda assim, corrijo, rs!
Claro, quando tenho intimidade suficiente para tanto...(e quando não tenho também, mas nesse caso, só para aporrinhar).




Adeus

Primeira postagem!
Nada mais óbvio do que escrever primeira postagem.
É como aqueles chiclês odiáveis para um novo amigo no orkut "Nossa, até que enfim fez um orkut" ou "Bem-vindo a esse novo terreno virtual" ou pior, o mais detestável, "êêê, primeira postagem aqui na sua página de recados".

Escrever em um blog é uma idéia um tanto "narcisística". Não sei quem serão os leitores, aliás, nem sei se os terei.

A idéia de fazer um espaço no qual pudesse ser lido foi subsidiada por um amigo, Délbio. Aliás, que nome esse! Algo simples como Pedro e João seria comum, mas apelar também...definitivamente não foi uma boa solução adotada pela Délbio's Mother.

Muitas idéias pululam, mas por ora, contenho-me. Sempre que me empolgo a escrever, lembro de uma lição de Voltaire, que disse uma vez a um amigo: " Escrevo-vos uma longa carta porque não tenho tempo de a escrever breve."

A concisão é deveras esquecida, negligenciada, seu conceito é mesmo deturpado.
Sou ainda um dos poucos amantes (ô pretensão) dessa revisora intelectual dos textos.

O fecho é também é muitas vezes descurado.
Ridículo e formalista seria escrever "Atenciosamente...". Clichê seria "Tchau ou algo congênere". Banal seria "Bem, pessoal, depois eu volto para escrever mais".
Fico com o velho e bom (supervalorizado por ser dramático) adeus!